domingo, 30 de novembro de 2014

Sugestão "O rato roeu a roupa"

As atividades dentro da sala de aula precisam seguir uma sequência didática com um tema norteador; exemplo disso está no livro Alfabetização: um processo em constução de Maria de Fátima Russo nas páginas 160 a 169, onde a autora aponta para se trabalhar a palavra visando a produção textual. Ela pressupõe de 4  momentos para essa sequência, onde inicia com a leitura do texto "O rato roeu a roupa do rei de Roma", após a leitura do texto, fazer dramatização, banco de palavras, sequência dos fatos do texto. Num 2º momento trabalhar a formação da palavra RATO, pode se trabalhar com alfabeto móvel e construir a partir das próprias letras de RATO outras palavras como ATOR, ROTA, TORA entre outras variações até mesmo com as sílabas, nomes de alunos com a letra R e outras sugestões levantadas pelos alunos com as sílabas RA e TO; procurar em revistas as letras que formam RATO, contar número de letras e sílabas. No 3º momento os alunos juntamente a professora selecionarão uma frase com a palavra RATO para escreverem, pode-se primeiramente deixar que tentem e depois montar na lousa ou num cartaz a frase sugerida. Para fechar a sequência pode-se elaborar um  livro com sequência de gravuras que contem a história. Para construir o livro é preciso trabalhar a capa, numeração das páginas, sequência das gravura e as frases condizentes com cada parte da história.
Para o trabalho ficar mais rico é possível associá-lo ainda com a dobradura do rato e trabalhar as formas geométricas, esuqema corporal - para montar a cabeça, corpo, patas e o rabo; pode-se ainda desenvolve o tema junto a animais prejudiciais a saúde.






Até a próxima...

Atividades Contextualizadas

Pesquisando pela internet encontrei diversos sites e blogs com o intuito de auxiliar o professor a encontrar atividades para cada nível de escrita.
Colocaremos algumas para cada nível ...

Nível Pré silábico:

Segundo o livro Alfabetização: um processo em construção e Práticas pedagógicas em educação: espaço, tempo e corporeidade, para que o aluno que se encontra nesse nível seria  interessante que ele desenvolvesse conhecimento sobre o alfabeto, consoantes e vogais. Para isso sugerimos trabalhar com:
- Bingo de letras
- Jogo de forca
- Montar as letras com o próprio corpo
- Cantar cantigas que se utilizam das letras do alfabeto como tema
- Alfabetos ilustrados
- Quebra cabeças com a letra e uma gravura que a represente
- construção com letras móveis do próprio nome e posteriormente o nome dos colegas
- Pareamento com as letras que faltam em determinadas palavras


Trabalhar nessa fase com o nome dos alunos e seus parentes torna o trabalho mai contextualizado e significativo para a criança. Ao trabalhar o crachá diariamente a criança vai se familiarizando com a escrita de seu nome e de seus colegas. Por isso pode-se desenvolver diferentes estratégias no dia a dia para se chegar a essa culminância. Exemplos de atividades com os nomes:
- Lista de chamada (os pequenos podem ajudar a professora com a chamada, possuido uma lista própria com os nomes dos colegas)
- Embaralhar os crachás e solicitar que cada um pegue o seu e depois ampliar para que descubram os dos colegas
- Construir novas palavras a partir dos nomes.

Nível Silábico Sem valor e Com Valor

- Continuar com as estratégias anteriores e ampliar para atividades que contem número de letras e sílabas
- Atividades onde seja necessário descobrir o som final e inicial
- Jogos com rimas
- Bingo de letras
- Textos lacunados
- Alfabeto ilustrado
- Cruzadinhas com os nomes dos alunos






Nível Silábico Alfabético:

Nesse nível o aluno já tem bstante conhecimento do sistema de escrita, por isso é imprecindível que ele elabore textos de diferentes gêneros e tenha contato com bastante livros, pois dessa forma ele irá aprimorar sua escrita.
- Continuar com as atividades do nível anteior
- Produções de frases a partir de gravuras
- Trabalhar textos fatiados
- Sequência de histórias a partir de sequência de gravuras ( preferência por histórias já conhecidas)
- Escrita e leitura de parlendas e cantigas
- Caça palavras
- Cruzadinhas




As produções desse nivel provavelmente serão curtas  voltadas para frases obvias, por isso é importante a leitura constante de livros  e cartazes.

Nivel Alfabético

-Permanecer com as produções de texto só que com maiores expectativas quanto a qualidade do texto, coerência e elementos de coesão. Procurar sempre diversificar os gêneros textuais utilizados, os livros e ampliar as atividades para sistematização do código quanto a ortografia.


É importante lembrar que todas essas atividades são sugestões, devendo ser levado em consideração os interesses da classes quanto ao tema para as atividades alfabetizadoras.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sequência didática a partir de livro

Pensando no trabalho da alfabetização e lendo o material de CAMINI e PICCOLI, resolvi postar sobre trabalhar com o texto, a produção textual.

Ao iniciar um trabalho ou uma sequência didática pode-se escolher partir de um livro. Recentemente trabalhei com o livro Irmãos Gêmeos, que além dos conteúdos de grandezas e medidas e os valores nas relações entre irmãos é possível trabalhar a produção textual com os pequenos. O livro conta a história de dois irmãos que são gêmeos que discutem por tudo pois constantemente acham que o outro está em desvantagem em relação a ele. Para desenvolver a sequência iniciei com a leitura do livro apontando para as situações problemas que surgiam, depois dessa roda foi realizada de forma simples as comparações apontadas pelos irmãos, como a quantidade de farinha, de massa e de líquido. Num outro momento os alunos foram medidos com fios de barbante que foram colados num papel para a confecção de um gráfico de altura onde eles mesmos mediram seus fios com fita métrica e anotaram suas medidas junto ao fio colado. Após essa atividade partimos para o outro conceito, de volume, onde as crianças preparam suco e esse foi despejado em copos de 200 e 300 ml; ambos com a mesma quantidade mas devido a forma diferente do copo dava a impressão que um tinha mais que o outro, foram feitas as comparações para testar a veracidade, como última atividade matemática foi mostrado a balança de comparação onde com duas bolas de massa de modelar com formatos diferentes, foi pedido as crianças que apontassem qual elas achavam que era mais pesada e para comprovar as hipóteses foram pesadas na balança. Para finalizar a sequência solicitei para as crianças que redigissem uma carta como se fossem um dos irmãos pedindo desculpas pelo mal comportamento. Dentro dessa produção foi possível escolher uma para fazer uma correção coletiva apontando as maiores dificuldades do grupo e voltando para a construção de palavras que alguns ainda
 não conseguiam perceber sua escrita correta.

sábado, 4 de outubro de 2014

Psicogênese da Língua Escrita

Numa época onde muitos olhares estão voltados à alfabetização e o uso social da mesma (letramento), nós professores nos sentimos inseguros quanto nossas práticas. Teóricos atuais apontam novas vertentes e metodologias que fazem com que as nossas parecem pobres e descontextualizadas. Para desmistificar com essa história iremos citar alguns trechos e dicas dos livros que vieram pelo FNDE deste ano.
O primeiro que estamos lendo é Práticas Pedagógicas em Alfabetização: espaço, tempo e corporeidade que contém uma base teórica explicando as novas práticas que tem fundamento sócio-construtivista e que pressupõe uma alfabetização letrada. Sabemos que hoje não estamos mais só alfabetizando temos mostrado aos alunos que todo esse aprendizado é para que eles possam exercer seus papéis e funções sociais além do muro da escola. Por isso torna-se imprescindível o conhecimento sobre os diversos gêneros textuais que circulam em nosso entorno.
As autoras do livro abordam que fazendo uma análise dos materiais da Psicogênese da Escrita de Emília Ferrero e Ana Teberosky perceberam que os níveis que utilizamos para determinar a hipótese de escrita das crianças foi descrito pelas pesquisadoras não pelos nomes que conhecemos (Pressilábico, Silábico sem valor, Silábico com valor, Silábico alfabético e Alfabético), mas sim por níveis que vão do 1 ao 5
Nível 1
Este nível que corresponderia ao Pressilábico consiste em:
 - reprodução  de traços típicos da escrita, com linhas e formas semelhantes aos ennes da letra cursiva
 - pode não distinguir desenho e escrita
 - correspondência figurativa entre o tamanho do objeto e tamanho da palavra. (Piccoli e Camini, 2012. página 30)

Nível 2
 - quantidade mínima de caracteres para a escrita
 - objetos diferentes usam caracteres diferentes
 - caracteres com formas próximas as letras
 - pode utilizar das letras do nome
 - leitura realizada de forma global. (Piccoli e Camini, 2012. página 31)

Nível 3
 - aparecimento da hipótese silábica, tentativa de atribuir valor sonoro a cada sílaba das palavras
 - relação escrita e fala
 - marca de escrita independente de haver valor sonoro. (Piccoli e Camini, 2012. página 32)

Nível 4
 - passagem da hipótese silábica para a alfabética
 - exigência de uma quantidade mínima de caracteres. (Piccoli e Camini, 2012. página 33)

Nível 5
 - análise fonética onde a escrita é produzida com hipóteses alfabéticas

Após o domínio desse nível o foco da criança passa a ser aspectos da escrita como ortografia e segmentação.(Piccoli e Camini, 2012. página 34)

Os níveis não diferem muito da proposta que já trabalhamos mas o que é mais importante agora é entender as práticas para fixar o nível e gerar um conflito para que a criança possa avançar em suas hipóteses.